Proença-a-Nova celebra o “valor da liberdade” no Dia do Município

O valor da liberdade foi o tema central da Sessão Solene do dia do Município de Proença-a-Nova, no ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de abril. A cerimónia, que teve lugar no Lagar de Azeite de Sobreira Formosa (re)inaugurado no mesmo dia, além do dia de festa e de evocação, foi também marcado pelos discursos de reflexão e de ação, diz a autarquia em nota.

João Paulo Catarino, presidente da Assembleia Municipal, enalteceu o esforço e a dedicação de todos no (re)erguer deste equipamento e que simbolicamente acolheu esta sessão.

Já o presidente da Câmara de Proença-a-Nova começou por fazer referência ao país a duas velocidades, enumerando várias questões que persistem em permanecer e que não fomentam a coesão do país após 50 anos do 25 de Abril de 74, destacando que “o 25 de Abril de 74 hoje, precisa de uma nova representatividade parlamentear, precisa que a discussão da representatividade dos territórios seja trazida para a agenda”. Para João Lobo “esta revolução abriu portas para o desenvolvimento e integração subsequente na Europa, seriamos Portugal sim, mas não este Portugal, se foi tudo bem realizado, não, mas foi com toda a certeza a maior expressão de mudança e de ideário em que através de um movimento militar o povo se entregou para realizar, peço uma salva de palmas em seu reconhecimento”.

A sessão solene contou com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, Carla Mouro, que na ocasião falou sobre a necessidade constante e permanente de construção da liberdade e que “é um valor que a todos convoca especialmente num ano que se comemora 50 anos do 25 de abril”, reforçando que o 25 de abril permitiu-nos construir uma sociedade mais inclusiva, mais equitativa mais justa”. A sessão solene ficou ainda marcada pela atribuição da medalha de ouro ao Major General Arnaldo Cruz, um capitão de abril; a José Rodrigues, empreendedor e empresário retornado; a Manuel Ribeiro Jacinto, a título póstumo, empresário, autarca envolvido nas mais variadas ações cívicas das associações e também retornado pós-revolução; ao autarca mais antigo do concelho em funções, representante da democracia de proximidade, António Alberto Coelho; e à artista plástica Yola Vale, que escolheu o concelho para viver e que leva o nome de Proença-a-Nova além-fronteiras.