As Danças Tradicionais da Lousa, no concelho de Castelo Branco, assinalaram 10 anos que se encontram inscritas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
Para marcar esta data, a Lousarte – Associação Cultural e Etnográfica da Lousa e a União de Freguesias de Escalos de Cima e Lousa descerraram uma placa comemorativa, para realçar a importância desta tradição.
A cerimónia aconteceu durante a Festa de Nossa Senhora dos Altos Céus, onde, anualmente, apresentam e das suas danças tradicionais. Devido à grande devoção deste povo pela sua Padroeira que, no dia da sua festa, depois de recolhida a procissão, têm lugar as Danças das Virgens (ou das Donzelas), a Dança dos Homens (também chamada da Farrombana ou das Genébres) e a Dança das Tesouras.
Para o presidente da Lousarte, António Teles Chaves, celebrar estes 10 anos de inscrição das Danças Tradicionais da Lousa no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial é também manter viva a tradição.
António Teles Chaves, presidente da Lousarte, deixou ainda um apelo, dizendo que “enquanto o povo da Lousa acarinhar estas danças, a tradição nunca vai acabar”.
Por sua vez, o presidente da União de Freguesias de Escalos de Cima e Lousa agradeceu a todos os elementos que contribuíram para manter vida esta tradição. João Baltazar revelou que se encontram a preparar a revalidação da inscrição das Danças da Lousa no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial e que está “no bom caminho”.
Já Paula Leal, em representação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que tutela a Unidade de Cultura, mostrou-se honrada por estar presente e que este momento é um bom exemplo na preservação da cultura e de a manter “viva e ativa”.
Presente esteve também o presidente da Câmara de Castelo Branco, que classificou este momento como “importante para a Lousa e para a sua Cultura Imaterial”. Leopoldo Rodrigues afirmou que esta freguesia soube preservar a sua cultura e manter a sua memória no tempo
No entanto Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco, admitiu haver dificuldades, devido à população que tem decrescido, mas que isso acaba por ser também um desafio e uma responsabilidade em manter a tradição viva. Os 10 anos de inscrição das Danças Tradicionais da Lousa no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial ficaram também marcados pela inauguração de uma exposição com esta temática, de vários artistas, patente no Núcleo Etnográfica da Lousa, até 15 de julho.
Ricardo Pires Coelho