Nos primeiros nove meses de 2025, a Estrutura de Atendimento, Acompanhamento e Apoio Especializado a Vítimas de Violência Doméstica de Castelo Branco registou um total de 123 novos casos em acompanhamento, além de 44 casos que transitaram de anos anteriores. São ainda acompanhadas, a nível psicológico, 67 crianças e jovens, das quais 24 são novos casos.
Estes números foram apresentados pela Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, entidade que gere esta estrutura, durante o lançamento da campanha “Cuidado com o que ele não gosta”, que assinalou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
Na apresentação desta ação, o coordenador da associação de Castelo Branco sublinhou que “num contexto em que a violência doméstica continua a aumentar em Portugal, reafirma-se a necessidade da nossa Estrutura, que assegura apoio especializado a vítimas deste tipo de crime em todo o território da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa”.
A Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento dispõe também de um Centro de Acolhimento de Emergência para Vítimas de Violência Doméstica que, entre janeiro e setembro deste ano, recebeu 74 novos acolhimentos.
Dário Falcão destacou a importância destas campanhas, que pretendem consciencializar a população para esta problemática.
Dário Falcão, coordenador da Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, frisou que “a violência doméstica contra as mulheres não é apenas um problema privado, é uma ferida social que diz respeito a todos”.
A violência doméstica é crime público. Isto quer dizer que não carece de uma apresentação de queixa por parte da vítima e qualquer pessoa pode denunciar um caso e, assim, combater este crime. Esta mensagem foi também deixada por Sónia Mexia e Christelle Domingos, vice-presidente e vereadora da Câmara de Castelo Branco, respetivamente, que acompanharam a apresentação da campanha “Cuidado com o que ele não gosta”.
A ação, apresentada em frente ao edifício dos Paços do Concelho, está agora patente no Parque Urbano da Cruz do Montalvão, até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Ricardo Pires Coelho