Vila Velha de Ródão homenageou seis personalidades do concelho

Vila Velha de Ródão homenageou seis personalidades do concelho

Vila Velha de Ródão assinalou os 50 anos do 25 de abril com a habitual Sessão Solene da Assembleia Municipal, durante a qual foram entregues seis Medalhas Honra do Município, Grau Ouro, a personalidades que, nas últimas cinco décadas, se destacaram pelos contributos relevantes que tiveram para o concelho, aos mais diversos níveis, ou que a nível nacional se distinguiram pela intervenção cívica e profissional e pela ligação ao território de Ródão.

A autarquia conta que as medalhas foram entregues a Francisco Henriques, pelo contributo para a preservação e divulgação do património arqueólogo da região; Jaime Lopes Pinto, ex-autarca e figura do associativismo social e cultural, homenageado a título póstumo; Octávio Catarino, lutador e fundador do Gafoz; Maria do Carmo Sequeira, ex-autarca e deputada à Assembleia da República; Simão Alves da Rocha empresário do setor do papel; e José Sérvulo Correia, professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que desenvolveu a sua atividade nas áreas do Direito Público, Contencioso e Arbitragem, sendo uma personalidade de mérito e prestígio, reconhecida no campo académico e jurídico como uma das mais brilhantes e autorizadas na sua área de atividade.

Antes deste momento decorreu a habitual sessão solene, que contou com as intervenções dos representantes da coligação Novo Rumo e do PS e dos presidentes da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal.

Num discurso centrado em grande parte na importância do 25 de novembro, o deputado Luís Coutinho, da coligação Novo Rumo, sublinhou que “a democracia está sempre debaixo de fogo” e expressou o desejo de que “na atual conjuntura política, os valores democráticos prevaleçam e a democracia resista aos ímpetos autoritários e populistas, que se alimentam do descontentamento daqueles que o sistema deixou para trás e poderão colocar em risco a liberdade de pensamento, de criação e de livre expressão”.

Em nome da bancada do PS, Ricardo Morgado, começou por lembrar a importância dos três objetivos do Movimento das Forças Armadas – democratizar, descolonizar e desenvolver – e as “conquistas políticas, sociais, económicas e culturais” trazidas por abril, e realçou as promessas por cumprir da “coesão territorial e as assimetrias entre litoral e interior”, defendendo que “o 25 de abril trouxe mais e exige mais nos nossos dias”.

No ano em que se celebram os 50 anos da democracia, a preocupação com o ressurgimento dos extremismos políticos, com os conflitos na Ucrânia e na Palestina, assim como a necessidade de pôr fim às desigualdades que persistem na nossa sociedade e de implementar reformas que credibilizem as instituições e garantam a transparência, foram denominadores comuns aos discursos dos presidentes da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal de Ródão.

O presidente da Assembleia Municipal, António Carmona, comparou o antes e o depois do 25 de Abril de 1974, e afirmou que hoje é “um País claramente diferente para melhor, mas tal facto não deve deixar-nos confortáveis, mas sim atentos, vigilantes e ativos civicamente, pois abril continua adiado e em risco em muitos aspetos”.

Já o presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão terminou com um tom mais otimista e defendeu que “o investimento feito nos últimos 50 na educação e na formação dos nossos jovens deve tranquilizar-nos, pois temos hoje uma geração das melhores preparadas de sempre e esse é, sem dúvida, um capital que não podemos desperdiçar”.

Acreditando que a esperança e os horizontes que abril rasgou irão inspirar a construir um futuro melhor, Luís Pereira enalteceu os contributos para o concelho dos agraciados com a Medalha de Honra do Município, que considerou um exemplo do que de melhor abril nos trouxe.