A ULS – Unidade Local de Saúde – de Castelo Branco tem uma carência de 141 enfermeiros para assegurar um funcionamento minimamente aceitável. O alerta é do SEP – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses -, em conferência de imprensa.
Em frente ao Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, Conceição Rodrigues acusou a tutela de asfixiar a instituição ao não aprovar o plano de gestão que permite contratações.
A sindicalista explicou que os números foram apurados durante uma campanha nacional do sindicato entre agosto e setembro e “desenham um panorama severo”. Conceição Rodrigues revelou que na ULS de Castelo Branco há, atualmente, 238 enfermeiros e uma carência de 141. Portanto, devia haver 379. A falta de profissionais constata-se em diversos serviços.
Conceição Rodrigues não tem dúvidas que esta situação só acontece porque o ministério da Saúde não dá luz verde aos Planos de Desenvolvimento Organizacional.
Conceição Rodrigues, membro da comissão nacional do SEP, esclareceu que “isto não é nada contra as instituições”, pelo contrário, “é para trabalhar com essas instituições, perante uma tutela que não está a ter as medidas políticas que deve”.
Face a esta situação o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses tem programadas um conjunto de ações concretas na ULS de Castelo Branco, mas também na ULS da Cova da Beira, onde também há a carência de 151 enfermeiros, ainda durante este mês de outubro.
Ricardo Pires Coelho