Serviços Municipalizados de Castelo Branco comemoram 80 anos

Serviços Municipalizados de Castelo Branco comemoram 80 anos

Os Serviços Municipalizados de Castelo Branco completaram 80 anos, numa cerimónia comemorativa que decorreu no Centro de Cultura Contemporânea da cidade. A sessão contou com a entrega de medalhas a cerca de 60 trabalhadores com 25 ou mais anos de serviço.

Em nota, a autarquia albicastrense conta que na cerimónia, a administradora reconheceu que o 80º aniversário é um “marco significativo” para esta instituição que já enfrentou várias transformações e adaptações, mas que “manteve sempre a essência: servir com dedicação, qualidade e responsabilidade”. Sónia Mexia disse que os Serviços Municipalizados apresentam um “legado de compromisso com a comunidade e de investimentos contínuos”, tendo em vista os desafios do futuro, como as alterações climáticas, as exigências legais europeias e a transformação digital. A responsável aproveitou a ocasião para revelar que durante o próximo ano serão feitas diversas iniciativas, “estreitando os laços com a comunidade”, entre as quais a realização de uma exposição sobre a história dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco e ações de sensibilização.

Também a mandatária das comemorações do 80º aniversário marcou presença e constatou que “os Serviços Municipalizados de Castelo Branco têm uma vida longa, mas não envelheceram”, antes pelo contrário, acompanharam a evolução dos tempos e modernizaram-se, através da adoção de sistemas tecnológicos. Maria José Batista enumerou alguns dos trabalhos construídos e renovados ao longo destas oito décadas.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Castelo Branco e do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados, deu os parabéns e elogiou os trabalhadores dos Serviços Municipalizados, que “resolvem problemas, às vezes de forma quase invisível, a qualquer hora do dia e da noite”.

No seu discurso, Leopoldo Rodrigues frisou vários investimentos feitos durante este mandato, como, a renovação da frota automóvel, tendo já sido adquiridas 10 novas viaturas, ligeiras e pesadas; a construção de 2 locais de abastecimento com a utilização da água dos poços para fins múltiplos (no Cansado e na Quinta das Pedras, que “já serviram os Bombeiros em duas situações de incêndio”, utilizando “recursos naturais que, de outra forma, não seriam utilizados”); um conjunto de intervenções “de grande dimensão e grande impacto”, em vários locais da cidade, num investimento de cerca de 6.332.000€.

O autarca referiu, também, novos desafios a enfrentar no futuro que nos “devem fazer refletir” e “reverter o número de toneladas de lixo que levamos para aterros”. Atualmente, o Município de Castelo Branco paga 52€/tonelada de resíduos à Valnor, abaixo do custo de operação. Em 2025, esse valor vai subir para cerca de 86€/tonelada de resíduos a colocar em aterro. As implicações que estes custos poderão ter nos clientes reforçam a importância do projeto de Recolha de Biorresíduos, levado a cabo pelos Serviços Municipalizados, que minimiza esta pegada. Trata-se de um programa “exemplar, reconhecido por várias entidades”, que começou pelos clientes não-domésticos (grandes produtores) e já foi alargado aos clientes domésticos, realçou Leopoldo Rodrigues.

Em relação aos 80 anos dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco, o presidente do Conselho de Administração destacou duas decisões estruturantes na sua história, sendo elas, a construção da Barragem de Santa Águeda/Marateca e o redimensionamento dos Serviços Municipalizados.

Sobre o tema das barragens e das novas possibilidades e novos desafios, Leopoldo Rodrigues deixou claro que, “enquanto for presidente da Câmara Municipal, ninguém se atreverá a utilizar a água da Barragem de Santa Águeda/Marateca para rega sem termos alternativas, pois recordamos bem os tempos em que Castelo Branco não tinha água e não podemos, em nenhuma circunstância, pôr em causa o abastecimento de água aos albicastrenses”.