O concelho de Proença-a-Nova acompanha a tendência de crescimento da população estrangeira registada na CIMBB – Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa -, segundo o estudo recentemente publicado e coordenado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco.
Assim, o documento mostra que entre 2008 e 2023, a população estrangeira residente em Proença-a-Nova passou de 96 para 322 pessoas, representando um crescimento de 235,4%. No período mais recente, entre 2018 e 2023, o número mais do que duplicou, evidenciando o concelho como um dos territórios com maior capacidade de atração de residentes estrangeiros, realça a autarquia proencense.
A composição desta população destaca-se pela sua diversidade. Em 2022, os principais países de origem dos residentes estrangeiros em Proença-a-Nova eram: Brasil (29,4%), Reino Unido (21,9%), Roménia e Ucrânia (ambos com 6,6%), França (6,1%), Espanha (5,3%) e Síria (2,6%), entre outros.
Apesar do saldo natural negativo, reflexo do envelhecimento da população residente e da baixa natalidade, o saldo migratório tem assumido um papel importante na mitigação da perda populacional. No entanto, entre 2022 e 2023, Proença-a-Nova apresentou uma variação populacional ligeiramente negativa (-12 pessoas), resultado de um saldo migratório ainda insuficiente para compensar esta variação, considera o Município de Proença-a-Nova.
O estudo sublinha o papel crescente da imigração na transformação demográfica da Beira Baixa, apontando para a necessidade de políticas públicas que reforcem a inclusão, a fixação e a integração destas comunidades, contribuindo para a sustentabilidade social e económica da região.
Este diagnóstico surge num momento em que a CIMBB procura aprofundar o conhecimento sobre os fluxos migratórios no território, de forma a apoiar a definição de estratégias locais e regionais para o futuro da população residente.