O Município de Castelo Branco apresentou um protocolo de Parceria para a Formalização e Constituição da “Estação Náutica do Rio Ponsul”, que irá ficar localizada na aldeia de Lentiscais, freguesia de Castelo Branco.
Esta ação surge do processo de submissão de uma candidatura, que está em fase de avaliação), ao PROVERE da Região Centro, designada “Náutica de Interior no Centro de Portugal”, liderado pela Comunidade Intermunicipal da Região Beiras e Serra da Estrela, enquanto líder de um consórcio composto por 28 entidades públicas e privadas, abrangendo 77 concelhos da NUTS II Região Centro. Neste seguimento, foi estabelecido este protocolo visando a sua promoção enquanto destino náutico de águas de Interior. A Câmara Municipal albicastrense é a Entidade Coordenadora do Protocolo e, através da Rede de Parceiros, públicos e privados (onde se incluem operadores turísticos, associações, alojamentos, restaurantes e entidades) procura-se promover a oferta, criando experiências que permitirão reduzir a sazonalidade, prolongar o tempo médio de estadia e, consequentemente, fazer crescer a receita turística.
Na ocasião, Susana Farinha, chefe da Divisão de Desenvolvimento Económico, Inovação e Promoção Territorial da Câmara Municipal; e João Maltês, chefe da Unidade de Turismo da Câmara Municipal, explicaram as linhas gerais deste projeto que está inserido numa das estratégias do Município que tenciona “pegar nas bacias de água e dar-lhes valor, através da oferta de um novo produto turístico na área náutica, que abrange amplas parcerias e irá captar diversos tipos de público”.
A formalização da Estação Náutica do Rio Ponsul tem, entre os diversos objetivos, criar dinâmicas sustentáveis de exploração, valorização e preservação do meio natural e cultural do concelho, ligadas à atividade náutica; contribuir para a dinamização económica do pequeno comércio; estruturar uma oferta turística integrada, alicerçada nos recursos naturais, culturais e patrimoniais; aproximar a população do concelho ao rio Ponsul e rio Tejo; afirmar o turismo de Natureza, etc. Além disso, pretende-se também requalificar e melhorar as infraestruturas já existentes; construir novas infraestruturas; e viabilizar várias práticas desportivas e recreativas no local.
O presidente da Câmara Municipal, frisou que “Castelo Branco tem que se afirmar também na área do turismo e aumentar a oferta hoteleira”, contando, para isso, com a colaboração de “operadores privados que dinamizam o território e fazem acontecer (…) da nossa parte, compete-nos dar as condições necessárias para que isso seja possível e que haja mais negócios”.
No ponto de vista de Leopoldo Rodrigues, “o Turismo de Natureza tem muitas potencialidades e temos que saber tirar proveito delas”.
Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco, sublinhou que também há preocupações, sobretudo relacionadas com a existência de caudal no rio Tejo e no rio Ponsul, “limitada àquilo que é a disponibilidade de Espanha para deixar correr a água”, e com a qualidade da água, “que nem sempre é aquela que nós gostaríamos de ter, mas que tem melhorado bastante nos últimos anos”. Nesse sentido, este projeto da Estação Náutica também poderá potenciar as questões ambientais e a melhoria da qualidade.
Já António Correia, coordenador da Rede das Estações Náuticas de Portugal, participou via remota na apresentação, afirmou que “este processo é o início” e “um compromisso relativamente a investimentos futuros”. Em relação à apreciação da candidatura, acredita que “até ao final do mês pode haver novidades”.
Por sua vez, Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo do Centro de Portugal, referiu que “na região Centro já há 14 Estações Náuticas certificadas” e, recentemente, foi realizado “um estudo que concluiu que 52% dos turistas está disponível a alterar os seus destinos previstos para destinos mais autênticos, com mais contacto com a comunidade”, podendo aqui ser consideradas as Estações Náuticas localizadas no Interior.