O Município de Idanha-a-Nova apresentou, na última sessão da Assembleia Municipal (28 de abril), a Prestação de Contas referente ao exercício de 2024. Na ocasião, foi “evidenciando a estabilidade financeira da autarquia e implementação de uma estratégia de desenvolvimento sustentável, que tem transformado o concelho ao longo das últimas duas décadas”.
Em comunicado a Câmara idanhense refere que o relatório apresenta “um saldo de gerência positivo de cerca de 2 milhões de euros, a transitar para o ano de 2025, confirmando a solidez orçamental e a gestão eficaz dos recursos públicos”. Nos últimos anos, Idanha-a-Nova “concretizou mais de 90 milhões de euros em investimento público, com resultados visíveis em áreas como educação, cultura, ambiente, turismo, saúde e habitação”, apresentou a autarquia.
Com uma base financeira sólida e uma estratégia bem definida, o Município de Idanha-a-Nova diz que reforça o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a inovação territorial e a qualidade de vida de todos os idanhenses. Desde 2014, o orçamento municipal passou de 16 para 46 milhões de euros em 2025, um aumento de quase 270%. Entre os principais indicadores destaca também o crescimento de 170% na receita corrente, garantindo maior autonomia; o crescimento de 770% na receita de capital, fruto de fundos comunitários e captação de financiamento externo; a redução do endividamento municipal em cerca de 47%, atingindo o nível mais baixo desde 2013 (15%) e uma margem de endividamento superior a 12 milhões de euros, de acordo com dados da DGAL reportados em dezembro de 2024; e mais de 10.000 pequenas obras por administração direta e cerca de 250 grandes intervenções públicas.
Este momento da apresentação das contas assumiu particular importância por ser o último ano civil completo sob a gestão de Armindo Jacinto, que irá concluir o seu mandato em outubro, após 20 anos de serviço autárquico, dos quais 12 como presidente. Na ocasião, o autarca afirmou que “assumo este último ano de mandato com o sentimento de missão cumprida e com a confiança de que o futuro de Idanha está em boas mãos: com políticas sólidas, uma estratégia clara e uma comunidade inspiradora”.
O documento reflete uma década de trabalho da Estratégia Recomeçar, lançada em 2015, como uma resposta estruturada a um território afetado por crises demográficas e reconhecida pela União Europeia com o prémio “Boa Prática Europeia”.
No seu último ano como presidente da Câmara, Armindo Jacinto fez um balanço de 20 anos ao serviço de Idanha-a-Nova e sublinhou que “Governar é cuidar. Cuidar da terra e das suas gentes. Cuidar da memória e do futuro”. O autarca concluiu dizendo que “o futuro de Idanha está seguro, com políticas sólidas e uma comunidade inspiradora. O amor que tenho por Idanha não cabe num cargo. É para a vida”.