Fernando Velasco Magaldi vai “correr por quem não pode”

Fernando Velasco Magaldi vai “correr por quem não pode”

Fernando Velasco Magaldi, espanhol a viver em Logroño, vai estar na União de Freguesia de Cebolais de Cima e Retaxo, em Castelo Branco, para uma ação de sensibilização pela Iris, que sofre de uma doença rara, a síndrome de Pierpont.

“Correr por quem não pode” é o mote desta iniciativa que está marcada para sábado, 27 de maio, entre as 9h e as 15h, junto ao Mutex – Museu dos Têxteis.

Em nota é referido que este desafio é em nome da Iris, uma menina residente em Retaxo, e que tem uma doença que afeta o sistema nervoso periférico e pode causar fraqueza muscular, dormência e dor. Como essas doenças são pouco conhecidas e afetam um número limitado de pessoas, esta ação pretende consciencializar para esta doença e promover a pesquisa para encontrar tratamentos e curas.

Fernando Velasco Magaldi tem 60 anos, e desde muito novo que esteve ligado à competição, mais especificamente meias-maratonas e ultra-trail. Aos 35 teve uma grave lesão que o afastou da competição e abandonou o atletismo. Mais tarde, por volta dos 50 anos, venceu uma doença oncológica e logo após sofrer um acidente de trabalho e uma das vertebras ficar afetada, como consequência foi-lhe dito que não poderia voltar a correr. Passou 3 meses imobilizado numa cama, recuperou e percebeu que o corpo pedia atividade. Durante 3 anos praticou ciclismo para recuperar das costas, e desde há 5 anos começou a correr, contra tudo o que lhe tinham dito os médicos, pouco a pouco foi recuperando e há 4 anos começou a competir, mas só em montanha. Na categoria mais de 50 anos, o espanhol já ganhou muitas provas e a maioria das vezes sobe ao pódio.

De forma a sentir-se útil a fazer o que mais gosta, que é correr, e ao mesmo tempo ajudar alguém, aceitou o desafio de “correr por quem não pode“ e completou 218km em 4 etapas. Vem pela primeira vez a Portugal para o desafio da Iris, com síndrome de Pierpont. Fernando Velasco Magaldi vai correr entre as 9h e as 15h ininterruptamente. Desta forma, estão convidados a participar também amadores e profissionais para o acompanhar a correr, a caminhar, de trotineta, de bicicleta, de mota, a passear o cão, de qualquer forma, pois, diz a organização, “o importante é estar presente no sentido de ajudar a divulgar e sensibilizar para as necessidades de quem lida com doenças raras”.