O documentário “Sonhei ser Atriz”, da autoria de Lara Rodrigues Amaral, recém-diplomada em Design de Comunicação e Audiovisual pela ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas -, em Castelo Branco, foi distinguido nos festivais “Munich New Wave Short Film Festival” e “Toronto Indie Filmmakers Festival” com os prémios Melhor Edição e Melhor Realizadora Feminina, respetivamente.
O filme tem suscitado grande interesse em competições internacionais, tendo já sido eleito para a seleção oficial de outros festivais, destaca o Politécnico de Castelo Branco.
O documentário é inspirado na emigração portuguesa dos anos 60, do Séc. XX, como tributo a uma ex-emigrante dos Trinta (Guarda), Purificação do Carmo Galinho, avó da realizadora, e no qual três mulheres emigrantes da aldeia protagonizam, na primeira pessoa, uma homenagem a todos os emigrantes com as mesmas raízes. Lara Amaral, com relações familiares nos Trinta, inspirada pela história dos seus próprios avós, particularmente na perspetiva feminina da sua avó, destaca para a realização deste filme, a viagem de pesquisa e registo efetuada a França, acompanhando o seu avô, numa carrinha semelhante aos antigos passadores que transportavam as pessoas a “salto”, que significa em fuga e ilegalmente num tempo de fronteiras.
O documentário, resultado do projeto final de licenciatura em Design de Comunicação e Audiovisual, com nota final de 19 valores, e orientado pela professora Isabel Marcos, gerou um forte interesse pela população e pela autarquia dos Trinta tendo levado Lara Amaral a pensar dar num futuro trabalho de sistematização de conteúdos audiovisuais e expositivos para que as estórias de pessoas comuns protagonistas da diáspora portuguesa desta zona do interior seja projetada para as futuras gerações.