A criminalidade em Castelo Branco diminuiu 5,8% no ano de 2024, em comparação com o ano de 2023. Houve uma redução de 42 crimes, de 724 para 682.
Os dados foram divulgados pela GNR e pela PSP durante a primeira reunião de 2025 do Conselho Municipal de Segurança de Castelo Branco, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Município.
A autarquia albicastrense refere que o ponto principal da Ordem de Trabalhos foi a análise da situação da segurança no concelho relativa ao ano de 2024, tendo sido discutidas questões relacionadas com a criminalidade geral.
O presidente da Câmara de Castelo Branco pediu um reforço da presença de agentes da PSP e de militares da GNR nas ruas, para maior segurança e conforto da população. Embora tenha conhecimento da falta de efetivos nos postos, Leopoldo Rodrigues fez o apelo para que haja mais vigilância.
Já Amândio Nunes, coordenador Municipal de Proteção Civil, fez o resumo da evolução do projeto de videovigilância para a cidade de Castelo Branco, numa parceria da Câmara Municipal com a PSP, que resultou numa visita a todos os locais sugeridos, para definição dos mesmos e da tipologia de câmara a instalar em cada local. Assim, adiantou que estão reunidas as condições para que, em breve, se possam instalar 83 câmaras de videovigilância.
Por sua vez, o Capitão Roberto Ascensão, Comandante do Destacamento Territorial de Castelo Branco da GNR, revelou que houve várias diminuições de crimes registados na generalidade, nomeadamente, -13% contra o património, -18% contra pessoas e -17% referentes a legislação avulsa. Por outro lado, aumentaram em 5% os crimes contra o Estado. As principais preocupações das autoridades são os furtos, que representam um total de 25,41% dos registos; as burlas, com 10,25%; os crimes rodoviários, com 9,21%; a violência doméstica, com 8,17%; e os incêndios, com 8,02%. Quando analisada a tipificação do crime detalhadamente, a ofensa à integridade física voluntária simples desceu 6,38%, para 44; a ameaça e coação diminuiu 11,11%, para 32; o furto de produtos agrícolas baixou 26,09%, para 17; e o furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas manteve-se com 18 ocorrências. Por sua vez, a violência doméstica contra cônjuge ou análogos aumentou 26,32%, para 48 crimes; o incêndio/fogo posto na floresta cresceu 15%, para 46; o furto de metais não preciosos subiu 15,79%, para 22; e a condução de veículo com taxa crime de álcool ou sob influência de substâncias psicotrópicas, estupefacientes ou produtos análogos aumentou 11,36%, para 49. Em relação aos crimes violentos e graves, a GNR registou 9, sendo 4 por resistência e coação sobre funcionário, 3 por roubo a residência, 1 por roubo na via pública e 1 por roubo por esticão. Não se registaram crimes de extorsão, rapto, sequestro, roubo de viatura nem violação.
O Subintendente Rui Marques, Comandante do Comanda Territorial da PSP de Castelo Branco, também divulgou os dados da criminalidade participada à PSP durante o ano de 2024, comparativamente a 2023. Quanto a crimes rodoviários, registou-se menos 3% de acidentes, embora tenha havido um aumento de 3,6% de acidentes com mortes, mais 50% de acidentes com feridos graves e mais 40% de atropelamentos. Também houve menos 78 ocorrências de crimes contra a vida em sociedade, onde se insere a condução sob efeito de álcool, e foram feitas menos detenções, numa redução de 36,1%. As burlas informáticas têm aumentado. A violência doméstica foi o crime que mais aumentou, com uma subida de 4,5%, para 209 casos, que originaram 4 detenções.
A propósito deste tema, Arnaldo Braz, presidente da Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, deu a conhecer os números da Estrutura de Atendimento, Acompanhamento e Apoio Especializado a Vítimas de Violência Doméstica, que acolhe mulheres e filhos menores de todo o território da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. Em 2024, a entidade realizou 898 atendimentos, tendo registado 252 casos de violência doméstica e feito 54 novos acolhimentos. Foi ainda dada resposta de apoio psicológico e emocional a 68 crianças e jovens.