Catarina Martins em visita pela requalificação da zona histórica do castelo

Requalificação da zona histórica
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Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, esteve em Castelo Branco, com o intuito de perceber o estado do centro histórico.

Um local onde se encontram mais de 200 casas devolutas e degradadas, a líder do partido realçou que Bloco de Esquerda “tem lutado para que seja reabilitado o centro histórico e para que as pessoas possam aqui morar como foi sempre prometido e nunca foi feito”.

Aos jornalistas, Catarina Martins deixou também claro que, tanto a nível local como nacional, o PS “vai fazendo promessas e nunca vai concretizando absolutamente nada e isso faz uma degradação da nossa vida coletiva que está à vista nas dificuldades”.

Sobre o problema da habitação, Catarina Martins disse que “é um problema que tanto está nas zonas metropolitanas, como está no interior do país”.

A coordenadora do Bloco de Esquerda referiu-se à Zona Histórica do Castelo, que tem vindo a ser promessa eleitoral dos vários executivos do PS no concelho, tendo sido mesmo, como foi mostrado por um ex-habitante, a promessa prioritária, o primeiro compromisso, do atual presidente da Câmara Municipal, com promessa de 250 fogos habitacionais e 500 postos de trabalho nesta zona.

Catarina Martins descreve “um centro histórico abandonado, com casas onde não mora ninguém”, relevando que “uma boa parte foram compradas pela autarquia, mas nem por isso foram reabilitadas”, no que considera “um centro histórico que está vazio, foi ficando despido de comércio, despido de gente e há tanta gente a precisar de casa”.

Durante a visita, a líder do BE apontou para a necessidade de avançar com soluções no terreno, afirmando que “enquanto faltam os projetos de investimentos claros na habitação para as pessoas que ganham os ordenados e recebem as pensões portuguesas, mantém-se uma floresta de benefícios fiscais aos residentes não habituais, aos nómadas digitais e até aos vistos gold, com este ou outro nome, que faz com que o mercado imobiliário se concentre no segmento de luxo”. A bloquista considerou ser uma das causas para que “todas as zonas e hipóteses que eram de habitação a preços comportáveis sejam sucessivamente abandonados e com isso é cada vez mais difícil encontrar casa em Portugal”.