A Azeitona Galega da Beira Baixa foi reconhecida como IGP – Indicação Geográfica Protegida, de acordo com o Jornal Oficial da União Europeia, publicado esta 4ªfeira, 8 de março.
Para a APABI – Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior – este é fruto de um longo trabalho de mais de 6 anos que, em parceria com um conjunto de entidades, desenvolveu o caderno de especificações para a Azeitona Galega da Beira Baixa, agora aprovado na Comissão Europeia.
Em comunicado é referido que a partir deste momento todos os produtores de Azeitona Galega da área geográfica abrangida – todas as freguesias dos concelhos da Covilhã, Belmonte, Fundão, Penamacor, Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova, Oleiros, Sertã, Vila de Rei e Mação – dispõem de um instrumento de valorização e comunicação desta azeitona de conserva, tipicamente portuguesa, perante os diferentes mercados.
Trata-se com este reconhecimento e definição de regras comuns de produção, de um pacto de confiança com os consumidores materializado na autenticidade e genuidade da origem e do saber fazer. A gestão desta Indicação Geográfica Protegida irá passar a ser da responsabilidade da APABI tal como já acontece com os azeites Denominação de Origem Protegida: Azeite da Beira Alta e Azeite da Beira Baixa.
A variedade de azeitona galega é exclusivamente portuguesa e ao longo dos últimos anos tem vindo a ser substituída por outras variedades, inclusive de outras origens. A região da Beira Baixa caminha para um dos últimos redutos desta variedade a nível nacional e este reconhecimento representa a ambição de inverter o abandono destes olivais, na sua maioria de sequeiro, promovendo uma utilização alternativa da azeitona, com acréscimos significativos de rendimento ao produtor e naturalmente estimulado pela procura dos mercados, que lhe reconhecem para além da sua qualidade, a sua diferenciação.
Agora, inicia-se a etapa mais importante desta viagem, que é fazer chegar aos consumidores as primeira Azeitonas Galegas da Beira Baixa, reconhecidas como Indicação Geográfica Protegida, conclui a APABI.