A Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento registou cerca de 25 mil migrante no concelho de Castelo Branco, desde 2004, ano que foi implementado o CLAIM – Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes.
O número foi revelado pelo seu presidente na sessão de abertura da Semana da Multiculturalidade, que vai decorrer até 6ªfeira, 20 de outubro. Arnaldo Braz disse que, devido aos tempos que se vivem, é um número que irá subir. Nestes 19 anos, foram mais de 90 nacionalidades registadas no concelho.
Também nestes últimos anos, o número de refugiados tem crescido em Castelo Branco.
Arnaldo Braz, presidente da Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, realçou o trabalho importante desta associação no acolhimento, apoio e inclusão dos migrantes na região.
Trabalho esse, também distinguido por Joaquim Morão, presidente da Assembleia Geral da associação, junto da comunidade.
Por sua vez, Vasco Malta, chefe de Missão da Organização Internacional para as Migrações em Portugal, destacou o contributo e enriquecimento para a comunidade local, o envolvimento de outras culturas, desde que bem enquadradas. Através da inovação, criatividade, intercâmbio cultural e fortalecimento das diferenças, são estímulos para a economia local e que acabam por ter grande impacto em pequenas cidades. Vasco Malta referiu ainda que, de 2021 para 2022, Castelo Branco foi o segundo concelho onde foi registado o maior aumento de migrantes.
Vasco Malta, chefe de Missão da Organização Internacional para as Migrações em Portugal, afirmou ainda que “uma cidade sem migrante, é uma cidade sem multiculturalidade” e, para tal, é preciso investir.
Na sessão de abertura, o presidente da Câmara de Castelo Branco disse que o concelho tem capacidade para atrair e fixar migrantes, sendo em alguns casos, vem contribuir para colmatar a falta de mão-de-obra. Leopoldo Rodrigues disse que a realização da Semana da Multiculturalidade é “importante”, ao colocar em debate várias questões nesta temática.
Ricardo Pires Coelho
