As parcerias público-privadas foram apontadas pelo presidente da Câmara de Proença-a-Nova como uma das possíveis soluções para requalificar uma parte do elevado número de edifícios que se encontram devolutos tanto nas vilas do concelho, como em muitas das suas aldeias, dando resposta ao aumento da procura de casas no mercado de arrendamento, em virtude da chegada de um crescente número de pessoas que encontram trabalho no concelho ou que escolhem aqui viver pela superior qualidade de vida.
Durante o painel dedicado à “reabilitação urbana como oportunidade e como estratégia”, realizado durante o IV Fórum Empresarial, João Lobo falou do cenário que algumas localidades do concelho vão enfrentar na próxima década, a de ficarem sem residentes. O autarca afirmou que “estas aldeias, que têm um vasto património, podem gerar uma oportunidade, constituindo-se como aldeias que possam dar uma resposta para estas necessidades de habitação registadas”.
João Lobo, que apresentou a Estratégia Local de Habitação do Concelho de Proença-a-Nova, falou igualmente de outras problemáticas adjacentes, referindo que só será possível atrair os netos de quem tem segundas residências no território se houver internet, e ainda que haja garantia do Governo que esta questão vai estar resolvida em 90% do território do interior até 2025, “estamos a fazer um esforço para ser antes”, afirmou; também é necessário que os proprietários estejam disponíveis para colaborar nas estratégias desenvolvidas, cedendo os seus imóveis, sem perderem a titularidade dos mesmos. No caso do arrendamento, “os Municípios podem substituir-se ao proprietário principal promovendo o subarrendamento e potenciando a confiança no processo”.