A Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, entidade gestora da Estrutura de Atendimento, Acompanhamento e Apoio Especializado a Vítimas de Violência Doméstica, em parceria com a Câmara de Castelo Branco e no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação, promove a campanha “Cuidado com o que ele não gosta”.
Esta é uma iniciativa de sensibilização integrada no âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro.
A associação albicastrense conta que a ação pretende alertar para a persistência de discursos e comportamentos que culpabilizam as vítimas e desresponsabilizam os agressores em situações de violência física, psicológica, económica e sexual. A violência contra mulheres e raparigas continua a ser uma das violações dos direitos humanos mais generalizados do mundo, atingindo, globalmente, quase uma em cada três mulheres ao longo da vida.
Apesar dos avanços sociais e legais, narrativas culpabilizadoras permanecem amplamente difundidas, questionando o vestuário, o comportamento ou as escolhas das vítimas, como se estas justificassem a violência sofrida. Expressões como “meteste-te a jeito”, “ela devia estar bêbeda” ou “com essa saia, estavas mesmo a pedir” continuam a ecoar no quotidiano e, por vezes, na linguagem mediática e institucional, dificultando o pedido de ajuda e reforçando o ciclo de violência, realça a Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento.
A campanha “Cuidado com o que ele não gosta” pretende evidenciar estes discursos, frequentemente utilizados pelos próprios agressores como instrumentos de controlo emocional e psicológico, mas também reproduzidos pela comunidade, contribuindo para a normalização do abuso.
A campanha está no terreno até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Com esta iniciativa, a Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento e os seus parceiros reforçam o compromisso de promover a prevenção da violência de género, alertando para a urgência de eliminar discursos e práticas que perpetuam a desigualdade e comprometem a dignidade, segurança e liberdade das mulheres.
