Pedro Lopes, reeleito há quase dois meses, demitiu-se da presidência da Comissão Política Concelhia do PSD de Castelo Branco.
Em causa estão “as divergências estratégicas relativamente às eleições autárquicas de 2025, nomeadamente relacionadas com o processo de escolha dos candidatos e o não envolvimento da Comissão Política Concelhia neste processo”, explica o social-democrata em comunicado.
Para Pedro Lopes os estatutos do PSD “devem ser respeitados” e, por isso, “cabe à Comissão Política Concelhia dar parecer sobre as candidaturas aos órgãos das Autarquias Locais e aprovar o Programa Eleitoral, sob proposta da Comissão Política. O que não está a acontecer”.
O social democrata recorda que o mesmo havia acontecido nas últimas eleições autárquicas (2021), “candidatos e programas eleitorais estão, novamente, a ser impostos pela Comissão Política Distrital em articulação com a Comissão Política Nacional”.
Pedro Lopes refere que, ao longo deste processo, manifestou “de forma inequívoca” o seu total desagrado com forma como o mesmo estava a ser conduzido. O social democrata salienta que “numa clara extrapolação das suas funções, o Presidente da Comissão Política Distrital assumiu, perante a comunicação social, conversações e diálogos com outros partidos, falando em nome da Comissão Política Concelhia, sem nunca e tal como se impunha ter falado ou articulado com a minha pessoa e de acordo com a qualidade que assumia”. E que o único envolvimento da Comissão Política Concelhia no processo das eleições autárquicas remete-se a três reuniões iniciais com o SEMPRE, CDS/PP e IL.
Em comunicado, Pedro Lopes deixa claro que essas reuniões visaram, única e exclusivamente, auscultar as opiniões e posicionamento destes partidos e que, após estes encontros, “o presidente da Comissão Política Distrital, em articulação com o Movimento Sempre, e o Coordenador Autárquico Nacional assumiram o processo, arredando a Comissão Política Concelhia”.
A terminar, o social-democrata esclarece que “não estou disponível para compactuar com atropelos à estipulação estatutária, com o desrespeito a órgãos locais nem, sobretudo, com a falta de compromisso com o concelho e o seu futuro político”.
