Oito alunos concluíram a ação de formação profissional designada “Técnico de Construção de Instrumentos Musicais”, para a construção da Viola Beiroa. A cerimónia de entrega dos Certificados de Frequência aconteceu na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco.
O curso foi desenvolvido pelo Centro de Emprego e Formação Profissional de Castelo Branco, em parceria com a Câmara Municipal, com uma duração total de 1.572 horas, decorrendo entre abril de 2024 e maio de 2025. A fase final de construção e aperfeiçoamento dos instrumentos culminou com uma parceria realizada com a Associação de Viola Beiroa, o músico e professor Miguel Carvalhinho e a Fábrica da Criatividade.
O diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Castelo Branco começou por explicar que esta ação decorreu no âmbito da candidatura da viola beiroa a Património Imaterial, por parte do município.
Jorge Diogo realçou a importância desta formação num “momento de preservação da cultura e de recuperação deste instrumento que tanto diz a esta região”.
Jorge Diogo, diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Castelo Branco, afirmou ainda que, “em boa hora que o Município e Miguel Carvalhinho recuperaram este instrumento”.
Presente nesta cerimónia esteve o delegado Regional do IEFP, que sublinhou a importância de “valorizar o património, a cultura e a identidade das comunidades e dos povos”. Alberto Costa desafiou a ter uma perspetiva mais ampla, como referência e motivo de atração, deixando a sugestão de haver espaços com atuação da Viola Beiroa ao vivo, à semelhança das Casas de Fado.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco começou por dizer que a viola beira, assim como o bordado de Castelo Branco, foram relevantes para o posicionamento do artesanato para a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria de Artesanato e Artes Populares. Leopoldo Rodrigues firmou que estas formações “são relevantes e fazem todo o sentido”, contribuindo para a sua valorização.
Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco, lembrou que a viola beiroa “esteve esquecida durante muito tempo”, mas por haver, atualmente, quem se dedique ao seu fabrico e a existência da Orquestra Viola Beiroa, “mostram que renasceu o interesse neste instrumento, reavivando a tradição”.
Ricardo Pires Coelho