A luta dos professores passou pelo distrito de Castelo Branco com forte expressão nas escolas e nas concentrações que decorreram em Castelo Branco e Covilhã, com a presença de várias centenas de professores e educadores.
Os docentes do distrito voltaram à rua para reiterar as palavras de ordem “Respeito”, “Não paramos!” e “6.6.23 já cá estamos outra vez”, numa manifestação convocada por nove sindicatos. À Rádio Castelo Branco, os sindicatos referiram que a adesão à greve foi semelhante aos registados nos restantes distritos do país.
Carlos Costa, do Sindicato dos Professores da Zona Centro, realçou a moldura humana presença nas duas concentrações, considerando que caminham todos lado-a-lado, com os mesmos objetivos.
O sindicalista afirmou que esta é “uma luta nobre”, pelos “reais direitos dos professores” e que, atualmente, já não é uma questão do ministro ou do Ministério da Educação, “é um problema do Governo”.
Carlos Costa sublinhou que a intenção é recuperar o tempo em falta congelado, que são 6 anos, 6 meses e 23 dias.
O sindicalista frisou que a falta de financiamento não é justificação para não repor aos professores aquilo que têm direito.
Carlos Costa, do Sindicato dos Professores da Zona Centro, acrescentou ainda que o primeiro-ministro António Costa terá que lidar com este “ónus”, caso não resolva o problema.
Além da recuperação do tempo em falta congelado, também a falta de docentes, nomeadamente, em zonas de baixa densidade populacional, que serão mais de 3.000 professores em falta até 2030. Mas há mais questões em cima da mesa que estes profissionais querem ver resolvida, como, por exemplo, a mobilidade por doença.
Já Dulce Pinheiro, da FENPROF, espera que o fim esteja próximo, “apesar de não se desenhar esse final, mas os professores não desistem”.
Dulce Pinheiro, da FENPROF, realçou o facto da profissão de professor “não ser dignificada nem valorizada”, o que resulta na falta de captação de jovem e por isso “é preciso uma solução urgente”.
Até ao final desta semana, a luta dos professores vai continuar passando por outros distritos do país, culminando em Lisboa, na 6ªfeira, 12 de maio, onde além da respetiva greve distrital, está também prevista uma concentração de professores.
Ricardo Pires Coelho