Governo anuncia desconto na A23 e Plataforma considera que esta redução é “artifício”

Plataforma P’la Reposição das Scuts na A23 e A25

O Governo anunciou esta 5ªfeira, 28 de setembro, um desconto de 30% no valor das portagens da A23.

A medida foi conhecida pela Ministra da Coesão Territorial, após a decisão ter sido tomada na reunião do Conselho de Ministros.

De acordo com Ana Abrunhosa, a descida do preço das portagens entra em vigor em janeiro de 2024 e vai aplicar-se a veículos de classe 1, 2, 3 e 4. A medida abrange não só a A23, como também a A22, A24, A25 e A13.

A ministra considerou que se trata “de uma questão de justiça territorial” e que esta redução é “ importante para diminuir estes custos de contexto nestes territórios onde não há vias de qualidade alternativas e onde não existe transporte público coletivo, nem em quantidade nem em qualidade e, por isso, é para nós absolutamente determinante e importante repormos ou fazermos justiça com estas reduções”.

Ana Abrunhosa afirmou que esta é uma medida de “caráter excecional” e que o Governo não pretende alargar a outras vias.

A governante explicou que este é um desconto de 30% face ao valor atual, mas é de 65% relativamente ao preço praticado em 2011.

A Plataforma P’la Reposição das Scut na A23 e A25 já reagiu a este anúncio, começa por recorda que antes deste desconto, estas vias tinham sofrido uma descida de 30%, dando assim 60% face a 2011, e por isso esperam que “no diploma legal se acrescentem os 5% em falta”.

Este movimento vê esta redução como “é um passo em frente e só vem provar que a ação unida e coesa da Plataforma, em conjugação com as populações, dá resultados”, mas que é uma “redução insuficiente”.

A Plataforma reafirma que a Reposição integral das SCUTs é “a medida necessária que elimina custos de contexto, atenua a falta de alternativas de mobilidade e que repõe alguma justiça para com o Interior”. Por isso vão continuar a exercer pressão para esse objetivo no Orçamento de Estado 2024.

A terminar, este movimento considera que para reduzir 30% “não era preciso tanto tempo, pelo que somos obrigados a concluir que tudo não passou de um artifício para fugir à redução em 2023 e a levar para 2024”.