Castelo Branco registou 176 ninhos de Vespa Velutina em 2023

Vespa Asiática

O concelho de Castelo Branco registou 176 ninhos de Vespa Velutina em 2023, um aumento muito significativo em relação ao ano anterior, que foi de 30 ninhos. E espera-se que para 2024 haja mais ninhos.

Os dados são avançados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Castelo Branco, em nota, onde explica que a vespa velutina tem um ciclo biológico anual, que em potência representa, a cada ninho que não tiver sido desativado em 2023, cerca de 20 novos ninhos em 2024. Em finais de abril, início de maio, acorda da hibernação, e então cada Vespa rainha vai formar um ninho primário, neste vai criar 4 ou 5 obreiras. Depois de criadas, vão-se transferir para outro local de destino, onde vai formar o ninho secundário. É este ninho secundário que, por sua vez, pode ter até cerca de 10.000 Vespas e, de entre estas, podem sair entre 20 a 500 outras Vespas rainhas. Estas Vespas rainhas, em finais de outubro, hibernam novamente e representam, então, todos os riscos inerentes a um novo ciclo de propagação crescente.

Nesse sentido, a Proteção Civil apela à sensibilização e cooperação de todos para a colocação de armadilhas.

Mas também a formação é importante para que este processo seja feito com consciência, uma vez que os modelos de armadilhas devem permitir sempre a libertação dos restantes insetos que possam vir a entrar nessas armadilhas e, em especial, os polinizadores, que é o caso da abelha.

Assim a campanha tem sido musculada com várias campanhas de sensibilização, primeiro, junto dos apicultores, desde janeiro, em Sarzedas, São Vicente da Beira, Almaceda, Santo André das Tojeiras e Benquerenças, no concelho de Castelo Branco.

Também os professores da Escola a Tempo Inteiro tiveram formação no sentido de passar também a informação juntos das crianças.

Amândio Nunes, coordenador Municipal de Proteção Civil referiu a importância dessa informação ter sido transmitida aos mais pequenos, afirmando que “vai permitir ao Serviço Municipal de Proteção Civil de Castelo Branco ter colaboradores diretos em campo e, quando estes entrarem em contato para informar da existência de ninhos que urgem de desativação, já terão identificado corretamente, o que, de modo indireto, representa uma rentabilização da eficácia do processo”.