Um grupo de alunos e professores do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, de Idanha-a-Nova, visitou a quinta onde está a ser desenvolvido o projeto Egitânia, em Idanha-a-Velha.
A visita realizou-se no âmbito do Centro de Apoio à Aprendizagem, do Agrupamento de Escolas, através do projeto de Artes Visuais “Tecer o Passado”, que explora a lã de forma criativa através de atividades de tecelagem e feltragem. Inspirado pelo modo de vida pastoril, o projeto também aborda a tradição da transumância, deslocações sazonais de rebanhos que caracterizavam a vida rural, explica a autarquia idanhense.
Na quinta da Egitânia, os participantes fizeram uma visita guiada, onde aprenderam sobre as práticas sustentáveis aplicadas na produção de azeite e na criação de ovinos, em modo de produção biológico.
A experiência contou com a presença de Carlos Neto de Carvalho, coordenador científico do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO, e da médica veterinária Carolina Figueiredo.
O projeto Egitânia destaca-se pela sua abordagem inovadora, ao contrariar o paradigma da monocultura do olival e sugerir a sua reconversão em sistemas agrossilvopastoris biodiversos. A produção de ovinos em simbiose com o olival é claramente uma evidência disso, e o foco principal de desenvolvimento e investigação deste projeto. Além disso, a quinta está integrada na Rota Europeia da Transumância, uma parceria com o Geopark Naturtejo. Nesta propriedade, é desenvolvido também um projeto pioneiro na área do olivoturismo que integra a quinta e as suas escavações arqueológicas, espaços museológicos, a restauração e o alojamento local, por forma a captar, dinamizar e fixar economia local e tornando-o transfronteiriço, criando uma rede de olivoturismo raiano.
Esta iniciativa revelou-se uma oportunidade enriquecedora para os alunos, que puderam conectar-se com as tradições locais e conhecer práticas inovadoras que valorizam o património cultural e ambiental de Idanha-a-Nova.