A Herdade do Couto da Várzea, em Idanha-a-Nova, uma das principais referências da agricultura nacional, foi o local escolhido para assinalar o Dia Europeu da Agricultura Biológica, com um encontro que reuniu centenas de participantes de todo o país.
O encontro contou com representantes do Governo, associações e produtores bio, instituições de ensino, de desenvolvimento e investigação, e as Bio-Regiões portuguesas, numa organização da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Direção-Regional de Agricultura e Pescas do Centro, da AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica – e da Câmara de Idanha-a-Nova.
Em nota, a autarquia local refere que durante a iniciativa foram muitas as felicitações a Idanha pelo recente prémio de Melhor Bio-Região da Europa. Na sua intervenção, o secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, elogiou Idanha por ter sido “a primeira Bio-Região do país e, dessa forma, aberto caminho para procurarmos fazer ainda mais, enquanto país, naquele que tem sido o trabalho dos agricultores na procura da sustentabilidade, na procura de um caminho para uma agricultura cada vez mais orgânica, na defesa dos recursos e do território e no desígnio de servir os portugueses e o mundo, cada vez mais, com produtos alimentares de qualidade”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, sublinhou o trabalho que tem sido realizado em todas as áreas da sociedade, numa estratégia que é transversal a toda a comunidade idanhense: desde a educação, com a criação de bio-cantinas e hortas pedagógicas biológicas; à captação de investimento, de centros de conhecimento e investigação ou à construção de infraestruturas e implementação de projetos de apoio aos produtores e transformadores do concelho.
O autarca disse que são 81 produtores biológicos e quase 18 mil hectares em modo de produção biológico, sendo Idanha a maior área do país. Armindo Jacinto enalteceu os empresários que adotam “boas práticas agrícolas, de transformação e de serviços, amigas da nossa saúde e do planeta” e, por isso, defende que “a Europa tem que dar o exemplo e remunerar estes serviços de ecossistemas e penalizar quem não faz bem”.