A GNR tem a decorrer, a nível nacional, a Operação Floresta Segura até 30 de novembro, com o objetivo de executar ações de sensibilização e monitorização, ações de fiscalização, de vigilância e deteção de incêndios rurais, investigação de causas e os crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas, para prevenir, detetar, combater e reprimir atividades ilícitas, garantindo a segurança das populações, dos seus bens e a preservação do património florestal.
Em comunicado, esta força de segurança conta que, das tarefas chave para a operação destacam-se a promoção de ações de prevenção e sensibilização, em coordenação e articulação com outras entidades (nomeadamente, a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil), direcionada aos concelhos em que se contabilizaram mais de 100 ignições; garantir uma eficiente sensibilização, monitorização e fiscalização, priorizando as freguesias prioritárias, através do reconhecimento e georreferenciação das situações críticas de incumprimento dos critérios de gestão de combustível; e garantir uma célere investigação e determinação das causas dos incêndios rurais, analisando todas estas ocorrências, compreendendo as suas causas de forma a conhecer o fenómeno regional subjacente às ignições, direcionando posteriormente as ações de vigilância e deteção, otimizando as valências disponíveis.
No que respeita à atividade da GNR, em 2023, foram monitorizados e fiscalizados 14.319 locais, com ausência de gestão de combustível, que deram origem a 7.901 cumprimentos voluntários quanto à limpeza de terrenos, que tinham sido previamente sinalizados. O ano passado apresentou o valor mais reduzido em número de incêndios rurais e o 3º valor mais reduzido no que à área ardida diz respeito, desde 2013.
Relativamente às causas dos mesmos, continua a carecer particular atenção, o uso do fogo pelas comunidades mais rurais, na realização de queimas e queimadas, o qual continua a ser realizado através de perceções perante o risco de incêndio florestal muito assentes no costume e em crenças desatualizadas relativamente ao clima atual, representando cerca de 32% das situações. Nesse sentido e para 2024, constitui uma prioridade reduzir o número de ignições, através de ações de sensibilização e demonstração do uso correto do fogo.