Castelo Branco é o município do país que apresenta a pior taxa de execução do orçamento de 2022, de acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.
O Sempre – Movimento Independente, em conferência de imprensa, analisou os dados, realçando ainda que Castelo Branco é o 3º município que apresenta maior prejuízo e o 17º com o maior aumento do passivo.
O líder do Sempre começou por explicar que, durante anos, Castelo Branco apresentava-se com uma boa imagem, com bons resultados. Mas, “num ano destruiu-se a boa imagem”, o que mostra “impreparação para a gestão do município”.
Luís Correia recordou que para 2022 o orçamento aprovado tinha sido de 88 milhões de euros (com votos contra do Sempre) e que, cerca de dois meses depois, viria a ser reforçado em 22 milhões. Na ocasião, recorda o vereador da oposição, o autarca justificava com o aumento do preço da eletricidade, transportes, requalificação de estradas e cumprir com as promessas para esse ano. Luís Correia afirmou que o executivo teve “mais olhos que barriga” e que “falhou redondamente nas promessas”.
Luís Correia, líder do Sempre, acrescentou que a Câmara de Castelo Branco (PS) tem “concretização zero, estratégia nenhuma e gestão é o que o anuário apresenta”.
O vereador da oposição afirmou que a responsabilidade destes valores não pode ser dada ao Sempre e sim ao PS e PSD que aprovaram o orçamento e as medidas.
Na conferência de imprensa, Luís Correia diz que o Sempre alertou para os problemas, mas que “nunca foram ouvidos e que esta má imagem teria sido evitada” e que foram acusados de serem uma “força de bloqueio”.
Os vereadores do Sempre apresentaram as tabelas, onde é mostrado que Castelo Branco ocupa a 17ª posição dos municípios com maior aumento do passivo exigível, com um aumento de 3 milhões e 300 mil euros; na questão de município com maior prejuízo, Castelo Branco ocupa a 3ª posição, com 5 milhões e 451 mil euros (a nível continental); e, no indicador de despesa e receita, Castelo Branco apresenta a pior execução com 50,3% (Continente e Ilhas).
Ricardo Pires Coelho