O Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, festejou os seus 115 anos de existência. Cerca de 40 sócios da Sociedade dos Amigos do Museu estiveram reunidos num jantar convívio para assinalar esta data.
Em nota é referido que “é, e será sempre intenção desta Sociedade de Amigos preservar esta importante memória cultural, que pretende, colaborar, potenciar, desenvolver e valorizar o património cultural do Museu e por acréscimo também a cidade”.
Apesar de ser um dia de festa, foi também um momento de alerta para as dificuldades com que hoje se confronta o Museu. Disso deu conta a presidente da Direção, quando num pequeno momento se dirigiu aos presentes dizendo que foi com agrado que em 2015 se recebeu a notícia da Municipalização do Museu. O contrato administrativo entre o Governo e a Câmara Municipal refere o poder com mais eficácia de valorizar os seus objetivos identitários e de memória; reforçar a sua ligação às comunidades envolventes; aprofundar a relação dos Museu junto da sociedade civil, do tecido escolar, associativismo empresarial local e regional; contribuir para atração de mecenato, conservação do acervo, conservação do imóvel, ação educativa, plano anual de atividades. Mas, disse Celeste Capelo, o Museu “continua sem direção e, no nosso entender, bem como o entender de vários organismos e agentes culturais é absolutamente necessária, para boa gestão de um museu ter um diretor”. Nesse sentido, a responsável considerou que “será talvez por isso que grande parte do que foi contratado com o Estado, em 2015, não esteja a ser totalmente cumprido”.
Celeste Capelo acrescentou ainda que “a Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior tem, “sem falsa modéstia, contribuído com entusiasmo e resiliência suprir e muito daquilo que é da competência do Município”. Ainda assim, irá continuar a fazê-lo apenas e só de acordo com os seus estatutos e a boa vontade dos seus associados.
