Autarquia albicastrense quer combater as alterações climáticas e alcançar a neutralidade carbónica

Autarquia albicastrense quer combater as alterações climáticas e alcançar a neutralidade carbónica
Fotografia: Ricardo Pires Coelho

A Câmara de Castelo Branco apresentou o Plano Municipal de Ação Climática, que se assume como um compromisso do Município em aumentar a capacidade de preparação para lidar com as alterações climáticas, definindo ações estratégias a implementar até ao ano de 2050.

Durante a sessão pública, foram anunciados os principais objetivos, que são a atualização da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas de Castelo Branco; aumentar a resiliência contra eventos climáticos extremos, como as secas, a precipitação intensa ou as ondas de calor; e reduzir as emissões dos gases com efeito de estufa, traçando ações para alcançar a neutralidade carbónica, através de medidas para os setores da energia, edifícios, transportes, resíduos e bacia alimentar local.

A vereadora da Câmara albicastrense assegurou que “Castelo Branco assume esta responsabilidade com determinação e visão estratégica” e sublinhou que “o aumento das temperaturas, as secas prolongadas, os fenómenos climáticos extremos e a perda da biodiversidade são realidades que afetam o mundo, em geral, e a nossa região, em particular. Como tal, a resposta deve ser urgente, estruturada e eficaz”.

Este Plano Municipal de Ação Climática resulta de um trabalho rigoroso e fundamentado, feito durante vários meses e desenvolvido com “a participação ativa da comunidade”, incluindo os agentes da autarquia, empresas, instituições de ensino e cidadãos, porque “acreditamos que a mudança só será possível através do envolvimento coletivo de todos”, acrescentou Patrícia Coelho.

Este documento foi apresentado por Sérgio Barroso, do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, que identificou os objetivos estratégicos e medida, sendo, proteger as pessoas; proteger os recursos naturais; transformar os edifícios para a eficiência térmica e hídrica; transformar os espaços urbanos para o calor e a escassez hídrica; transformar as infraestruturas para os eventos extremos de precipitação e as secas; e transformar os espaços agroflorestais para a resiliência à seca e aos incêndios. Para alcançar a neutralidade carbónica até 2040, o Plano Municipal de Ação Climática propõe um conjunto de ações a desenvolver.

O diretor do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano defendeu que este é “o melhor Plano Municipal de Ação Climática de sempre”, que reúne uma análise detalhada dos dados recolhidos que procuraram “compreender como é que o nosso território está exposto à mudança climática e qual é a vulnerabilidade climática em cada freguesia”.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Castelo Branco reconheceu que “os desafios são enormes, mas a vontade também é muita” e vincou que o Município tem desenvolvimento um conjunto de incentivos, como, por exemplo, a redução do valor dos passes para aumentar o número de utilizadores de transportes públicos, e comprovou-se.

Leopoldo Rodrigues referiu a previsão do aumento da temperatura média de 4ºC até 2100 e, ainda que parecendo longínquo, é necessário tomar já algumas medidas.

Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco, apelou também à participação e intervenção das pessoas, pois estas mudanças só são possíveis se todos colaborarem, afirmando que estes são “pequenos gestos, mas com grande significado”.

Ricardo Pires Coelho