“Como se constrói a felicidade organizacional” foi o tema escolhido para a 2ª edição das “Conversas Dinâmicas”, uma iniciativa da mediadora de seguros Beira Dinâmica, que teve lugar no auditório da Associação Empresarial da Beira Baixa.
No palco estiveram quatro especialistas em felicidade organizacional, que partilharam a sua visão sobre a importância estratégica do tema para as empresas que não queiram perder o comboio da competitividade, conta a organização. Com abordagens distintas, Álvaro Cidrais, Ausenda Oliveira, Newton Villa Verde e Ricardo Costa lembraram os empresários presentes que as empresas são feitas de pessoas e que se elas não estiverem motivadas e satisfeitas não estarão a dar o seu melhor.
“A felicidade é uma escolha que permite uma construção coletiva. Aprende-se, treina-se e cultiva-se”, afirmou Álvaro Cidrais, fundador da ACidrais, líder de projetos e treinador de equipas que atua em áreas como a liderança ou a felicidade organizacional. No entanto, alerta para a necessidade de uma mudança estrutural nas lideranças que “precisam de dar um salto como nunca deram”.
Já Ausenda Oliveira acrescentou que “é muita falta de inteligência não olhar para a felicidade organizacional de forma séria”. A professora, investigadora e mentora da norma de gestão NP 4590:2023 “Sistema de gestão do bem-estar e felicidade organizacional” reforçou a ideia de que para implementar a felicidade nas organizações é fundamental “sistematizar, capacitar, treinar”. No fundo, explicou, é para isso que serve a norma que mais não é do que “um instrumento de gestão, com a liderança como ‘fator UAU’, pois este é o ponto de partida para uma estratégia bem-sucedida”.
Para Newton Villa Verde, cofundador da Atman Welness Company, que desenvolveu um modelo de abordagem holística de saúde e bem-estar capaz de identificar a origem do problema em cada colaborador, disse que “a felicidade nas organizações não é um objetivo, é um caminho”. Na sua perspetiva, não basta encontrar soluções transversais para manter as pessoas felizes e motivadas porque cada um tem os seus problemas.
Já Ricardo Costa, CEO do Grupo Bernardo da Costa, empresa que comercializa equipamentos na área da segurança, defendeu que “a felicidade é lucrativa”. Pessoas felizes, ambientes saudáveis e liderança humanizada são, na sua perspetiva, os ingredientes chave para o sucesso das organizações.
A fechar a 2ª edição das “Conversas Dinâmicas”, Fábio Nunes, fundador da Beira Dinâmica e mentor desta iniciativa, reforçou as ideias lançadas pelos oradores e confessou o seu otimismo pelo caminho que muitas empresas da região já começam a trilhar neste sentido. Esta iniciativa tem também um lado social, e esta edição permitiu, com o contributo de todos os participantes, entregar um cheque no valor de 500€ à Associação CIJE, de Castelo Branco.